A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Ela disse que não importava. Me olhou fixo e repetiu: não me importa. Virou-se, bateu a porta e foi sabe-se lá pra onde.
Eu fiquei. 
Fiquei e chorei, como de costume. Sentei-me em frente à Tv e fiquei aos prantos por alguns minutos, até que senti pena do reflexo que vira e decidi parar.
Parei.
Parei de chorar e de fazer todo o resto. Tentei evacuar todo aquele turbilhão de pensamentos de minha mente. As boas lembranças e as falsas promessas faziam parecer que aquela angustia rondaria minha cabeça e me apertaria o estômago para sempre.
E ela disse que não lhe importa.... É, ela disse que não lhe importa.

Queria não me importar também, mas eu simples e inevitavelmente o faço. 
Eu poderia dizer que não me importa, isso eu consigo. O que não consigo mais é fechar a porta e deixar-lhe sozinha com seus pensamentos em busca de uma conclusão, porque foi desse jeito que ela parou de se importar.
E agora eu só posso lamentar e esperar ela voltar. 

Será que volta?
Não sei se volta se nada lhe importa. A vontade que tenho é de abandonar-lhe e nem recebê-la na volta, mas o problema é que tudo sobre ela me importa! 
E aos prantos, constatei que ela realmente não mais se importa, e quase também não suporta. 
 
Até quando ficarei neste sofá, triste, encarando a porta? 

Um comentário:

Anônimo disse...

06/06